domingo, 18 de maio de 2014

5 dias incriveis na Dinamarca

Finalmente minha primeira postagem da Europa, demorou pois esse pedaço da viagem estou fazendo apenas com o celular, e escrever do celular em blog é complicado.
A primeira dica que posso dar para você é: vá sem expectativas e deixe o país te surpreender. Antes de voar para lá, ouvi de muitos que eu estava maluca, que o país era muito caro e que eu não iria achar nada d+. OK, o país é caro, mas como boas mochileiras eu e a Karina aprendemos a nos a virar com o limite que nós tínhamos para gastar. Troquei 100 euros para 5 dias e foi isso que gastei. Esse foi meu terceiro país na Europa e confesso que: depois de rápidas passagens por Lisboa (muito barato e me senti em casa) e Londres (muitoooo caro, libra maldita), eu nem achei Copenhague tão absurdo assim (equivalente ao $urrealismo do Rio de Janeiro). 
Para começar eu quase perdi meu vôo de Londres para Copenhague devido a demora do trem para o aeroporto de Londres, e a minha má programação de tempo, mas tive sorte de mochileira, pois o vôo atrasou.
Cheguei no aeroporto de Lufthavnen e após trocar 100 euros (minha cota de gastos para 5 dias) por muitas coroas dinamarquesas, fui comprar minha passagem de transporte público para chegar ao centro, comprei um City Pass pela bagatela de 80 coroas (~33 reais), logo compreendi que  iria ter que fazer mágica com o dinheiro. O City Pass te dá direito à andar por todos os transportes públicos de Copenhague por 24hs a partir do momento que você valida o seu tíquete na máquina amarela na entrada da estação de metrô. Para os malandros que já pensaram em mil formas de burlar isso, já que aparentemente ninguém confere nada, ESQUECE, a probabilidade de você se dar mal é quase 100%,  pois aleatoriamente em diversos momentos  aparece alguém para checar os bilhetes. Posso te garantir que a Dinamarca é o último lugar no planeta que você vai querer ganhar uma multa (algo em torno de 700 coroas).
Fui encontrar a Karina, que já estava na casa do nosso amigo Gustavo na estação de Østerport, e de lá fomos ver alguns "must see" da cidade. A nossa primeira parada foi em um parque próximo a estação de trem onde fizemos uma agradável caminhada e fomos ver a estátua da pequena sereia. A estátua não tem nada d+, a historia dela é basicamente: que  um rico apaixonado pela história pediu para um artista fazer, e a doou para a cidade. Continuamos nossa caminhada e fomos andando até o centro histórico onde aproveitamos para comer algo, tentamos encontrar um sanduba barato e conseguimos um por 10 reais, em uma mercearia.
Parque perto da estacao de trem de Østerport.

Pequena sereia .

Centro de Copenhague.

Igreja de Mármore (Marmorkirken), vale a visita ja que é um dos poucos pontos turísticos  0800.

Palácio de Amalienborg onde a família real vive, lógico que eu nao resisti e tirei foto com o guarda que segundo a Karina deu um olhadão sinistro para mim rs.

Após horas caminhando fomos para a casa do nosso amigo Gustavo, onde eu deixei a minhas malas e ataquei a geladeira..... coitado dele rs. Lá conseguimos WIFI para contactar o Gustavo e o nosso Host, coisa que não é fácil lá sem consumir algo. A ideia era ir para a casa do nosso host do couchsurfing ou encontrá-lo em algum lugar, mas ele demorou para nos responder e o Gustavo ligou com a boa, estava rolando uma festa do socialismo de GRAÇA no parque Frederisberg, perto da Universidade de Copenhague, então nao tivemos dúvidas,  fomos para lá!! Antes disso resolvemos passar no Netto, mercado mais barato de Copenhague, para comprar uma cerveja mais barata, tratamos de abri-la do jeito que deu e beber na temperatura ambiente mesmo (que era bem fresca). Uma boa dica é que lá todos os mercados possuem maquinas de reciclagem automática para latas e garrafas de pet e vidro, essas maquinas te dão um vale para você comprar no mercado de acordo com o que você deposita... Muito primeiro mundo mesmo.
Carioca sempre da um jeitinho...

Só para vocês sentirem a loucura que estava aquilo lá, nível carnaval - Frederikberg Park

Depois de sair do parque passamos na casa do Gustavo e fomos para a casa do nosso Host Knud, na qual tinhamos que chegar antes de 23hs. Não contamos porém com o fato de os trens serem menos frequentes de noite, e também não pensamos que iriamos ficar simplesmente 1 hora perdidas tentando achar a casa dele graças ao Google Maps. Chegamos na casa dele 0h e não sei como ele aceitou a gente, acho que a nossa cara de desespero funcionou e ele foi com a nossa cara, logo depois já estava zoando a nossa altura (ou falta de...), deixo claro que ele era giga. Fomos muito bem recebidas e ele ja nos deu as dicas para o dia seguinte, mesmo caindo de sono. Ele foi minha primeira experiência de Couchsurfing, e eu gostei bastante.
No dia seguinte acordamos cedo e fomos no Netto comprar uma salada (15 reais) para almoçar por lá depois, pegamos um metrô perto da casa dele em Hellerup para Hillerod (ainda aproveitando aquele tíquete de 24hs) para ir no famoso castelo de Hamlet (Kroborg Castle). Antes de irmos porém descobri que o meu City Pass de 80 coroas só dava direito a viagens dentro da cidade de Copenhague, e como o cartelo era fora só o City Pass da Karina de 130 coroas (~54) dava direito a essa percurso. Eu resolvi arriscar ao ter que comprar um outro Pass antes do meu acabar e só não me ferrei por que pensamos rápido quando a fical veio verificar, e quando ela verificou o da Karina primeiro a Karina já puxou papo sobre o castelo, e a moça mal olhou para o meu (sorte que eu não quis testar de novo). O castelo serviu de inspiração para a história do Hamlet, e é realmente belíssimo e bem preservado. De lá é possível ter a visão da Suécia do outro lado do oceano Báltico e pegar um ferrie para atravessar para o pais vizinho. Realmente esse passeio tomou o nosso dia inteiro e não pagamos para entrar no castelo, pois era caro e segundo o Gustavo o lado de fora já valia a pena por si só.

Estação de Hillerod.

Entrada do Castelo de Krouberg.


Vista para a Suécia.

Almocinho à moda brasileira.

Na volta compramos um novo City Pass e fomos encontrar o Gustavo no mercado central, perto da estação de Nørreport. Antes de ir para o mercado passamos no Netto e compramos um engradado de cerveja (22 reais) para beber no passeio. O mercado certamente valeu a visita, pois além de ser um mercado popular bem diferente do que estamos acostumados no Brasil, conseguimos provar várias comidinhas gostosas de graça. Eu super indico a barraca do indiano Feca Kai, o cara foi super simpático com a gente,  nos ganhou, portanto acabamos comprando algo barato lá para provar. Lá conhecemos 2 casais de brasileiros que mais tarde reecontrariamos sem querer rs. Depois desse mini tour gastronômico fomos encontrar nosso Host em um bar perto da estação de Norreport. A cerveja lá era cara, por isso cada um pagou uma rodada e tchau (3 cervejas = 33 reais... como eu falei nada muito diferente do Rio)... Lá o Knud aproveitou para nos ensinar a jogar Dudo, um jogo de dados e adivinhações, e se divertiu com as nossas trapalhadas. Após esse bar fomos para um bar de rock encontrar 4 amigos dele e adivinhem... eram os 4 brasileiros do mercado, eita mundinho. O rock bar (High Voltage Rock Club) era meio escondido em umas roelas então depois de 1,5 de cerveja eu confesso que não lembro direito como chegava lá, se você é fã de rock vale a pedida. No final da noite nosso host pagou uma pizza para as famintas e fomos felizes para casa.

Karina, nosso host Knud e eu 

No terceiro dia acordamos e o Knud nos falou que estava rolando um festival de comida perto de Christianshavn, então resolvemos ir conhecer o famoso vilarejo legalize e depois partir para o tal festival. Marcamos de nos encontramos com o Gustavo e com o Anders, nosso futuro host que a Karina conheceu em Granada, na estação de trem de Christianshavn e aproveitamos para comprar nosso almoço no mercado novamente (saladinha de macarrao ~ 15 reais). Enquanto almoçamos nos deparamos com uma típica brincadeira dos jovens universitários da Dinamarca. Eles fazem um caminho de garrafas e no final do caminho colocam shoots de bebida, cada um precisa driblar as garrafas até o shoot, beber o shoot, e voltar driblando, o mais rápido ganha. Lógico que quando vimos resolvemos colocar o Gustavo nessa furada, falando que como brasileiro ele faria melhor rs... foi engraçado pois a Karina também foi, e lógico que eles não ganharam. 
Brincadeira típica dos jovens dinamarqueses.

Fomos ao festival de comida e de festival não tinha nada, tudo caro lógico, então resolvemos ir até o mercado comprar cerveja e porcarias para comer lá, porém depois de horas lá dentro trocando ideia com um mexicano e um canadense, fomos convidados a nos retirar pois não estávamos consumindo a cerveja deles, digamos que de uma forma bastante rude. Depois disso voltamos para Christianshavn onde entramos em um bar que estava rolando música e resolvemos beber. Foi ai que demos de cara com 5 figuras brasileiras e descobrimos que a Dj era brasileira também, depois de um bom samba, uns shoots de jagmaster e muita zoação voltamos para a casa do Knud, onde passaríamos a última noite já que combinamos apenas 3 noites com ele. No caminho encontramos uma festa no trem.

Nossos 3 hosts de Copenhague em frente ao local onde rolou o Festival.

Christianshavn - Assim que você sai da vila recebe boas vindas a União Europeia - Os Dinamarqueses adoram comparar a vila as nossas favelas...

Fazendo novos amigos no trem rs

No dia seguinte o Anders foi nos buscar de carro e nos levou para casa dele onde aproveitamos para lavar roupas e para ir no parque perto, o Jaegerborg Deer Park, que definitivamente vale a visita.  Acho que nunca vi uma quantidade tão grande de cervos livres na vida. O paque abrigava o castelo de caça da família real, eles iam para lá e convidavam amigos para caçar. Hoje o castelo é apenas um castelo para almoços de fins de semana e dizem que ninguém mais caça por lá. De lá o Anders nos levou para conhecer a cidade natal dele, Dragør, e almoçar por lá. Foi uma tarde super agradável e a cidade dele parece que parou no tempo mesmo, uma graça, parece cidade cenográfica.

 Jaegerborg park

 Praça da cidade de Dragør

Jaegerborg Park

3 comentários:

  1. Vanessinha! Seu blog esta sensacional! Vou passar a acompanhar. Historias e relatos bem legais. Boa viagem e manda um beijo pra Karina. Bjs Felipe Cunha

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  2. Adorei. Cheio de açao. Faltou os perrengues da sua chegada em Londres .No mais, aguardo o proximo capitulo. Bjos, sua tiete

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  3. Vava, adorei as fotos novas, principalmente a que você está abrindo a garrafa de cerveja! Marrenta!! Amooooo!!!

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